Se não houver percas de excedente. Basta medir no início e no fim da produção.
O acerto do net metering é feito offline pela E-Redes pois o contador envia os valores de produção além dos valores do contador. Eles só têm de garantir que os valores enviados para o comercializador são feitos dessa forma (consumo quarto-horário menos injecção quarto-horária) uma vez por mês.
Se os valores no site da E-Redes batem certo com o contador das duas uma: ou não reflete o saldo quarto horário ou não há injecção (pode ser o caso para quem tem “injecção zero”).
Eu não tenho acesso fácil ao contador neste momento mas no meu caso os consumos na página da E-Redes são bastante inferiores aos que estou a medir com o Wibeee e recentemente apareceu-me este texto no fim da página das leituras, pelo que acredito que já estão a aplicar o saldo quarto-horário “online”. Isto depois de umas quantas reclamações.
Pelo que vejo noutros fóruns, nem sempre isto funciona bem para todos.
Pois é… Eu tenho certeza de que exporto muita energia (cerca de 3 vezes o meu consumo médio). Aliás, podes ver isto nos totalizadores do meu contador na figura que enviei. Agora, se o meu consumo publicado pela E-redes está exatamente igual àquele que eu recolho, deduzo que a informação do site não está a contemplar o ajuste obrigatório à cada 15 minutos, porque deveria haver alguma diferença entre a leitura do contador e do saldo real a contabilizar. No meu caso, isto se daria sempre no horário “vazio” onde nem sempre a bateria consegue sustentar a casa no período noturno.
Acho que medir apenas a corrente engana a tua medida. Para medir com precisão tens de ter uma amostragem da tensão para determinares o fator de potência que pode variar imenso quando estás a produzir.
Olá.
Eu penso que este assunto (sendo muito importante e estando na ordem do dia) devia estar num tópico dedicado, senão, de outra forma vai ser muito confuso chegar a alguma conclusão.
Sugiro que algum moderador pondere mover este assunto para se continuar com esta discussão tão importante e enriquecedora de forma mais consistente. Eu pessoalmente gostava de contribuir com o assunto (apesar de ainda não ter produção solar).
Perfeito João! Acho que poderíamos parar a discussão tal como está aqui e abrir um outro tópico. O que sugeres? Sugiro: Como interpretar corretamente as leituras do meu contador?
Acho que tens de consumir pelo menos 50% da produção
Mais dia menos dia, impõem limites como noutros paises
A legislação é clara. Só necessitas de licença para produção superior a 30kWh. Não há imposição de consumo próprio, se produzes menos basta a MCP - Mera Comunicação Prévia.
Relativamente ao que acontece noutros países, o problema é que se teu bairro inteiro produzisse muita energia, chegaria a um ponto em que não poderias mais elevar a tensão, pois todos estariam a tentar elevar a tensão para forçar a saída da sua energia gerada. Como óbvio, há um limite máximo na elevação da tensão que eu creio seja 240V, e isto impediria a exportação de energia. No nosso quadro, onde há pouca produção residencial solar, estamos muito longe de lá chegar.
Em relação aos contadores, há que ter em mente que o único contador que pode produzir algum efeito numa disputa legal é aquele instalado pelo operador.
Dito isto, eu faço a colheita de contagem à cada 5 minutos e o meu HA tem o InfluxDB instalado. Depois faço queries temporais de 15 em 15 minutos onde recolho a primeira medida dos 15 minutos e subtraio ela da última medida dos 15 minutos. Assim fico com o meu consumo e produção à cada 15 minutos.
Depois vem a confusão… Imaginas que, num período de 15 minutos consumiste 2kWh mas que, nos mesmo 15 minutos, produzistes 4kWh. I.e.: O tempo estava encoberto; ligaste o forno elétrico quando não havia sol e, cinco minutos depois, o sol saiu. Ao fim de 15 minutos havias consumido 2kWh mas ao fim de 15, havias produzido 4kWh. Eu acho que o valor a cobrar deveria ser nulo pois o valor de consumo seria 2kWh e o de produção 4kWh, resultando então numa produção “vendável” de 2kWh, ou seja, os 4 que produzi menos os 2 que consumi.
Enquanto parece “besteira” a preocupação com isto, repara que o operador te vende energia por X e que te compra por a mesma X/7 ou seja, chega a ser 7 vezes menos o que te pagam pelo que geras. Se durante o período de 15 minutos eu produzir excedente ao meu consumo no mesmo período, então estarei a vender minha energia pelo mesmo preço que o operador me cobra, o que pode ser até 7 vezes mais.
Com o que digo acima em mente, o InfluxDB é horrível para este tipo de cálculo. Então instalei o MariaDB, via Node Red crio um trigger de 15 em 15 minutos onde executo um query ao InfluxDB a pedir a diferença entre o último e o primeiro registo dos 15 minutos. Guardo o resultado no MariaDB e assim a minha base de dados de consumo/produção se vai se construindo.
Ao final até posso ter os dados, mas não sei como os cálculos do operador são feitos. Estou à espera da primeira fatura de venda para tentar cruzar dados e tentar entender.
Acresce que a lei permite ao operador até 4 meses para se adaptar ao cenário de consumo/produção.
isto é só para quem vende certo ?
Certo! Quem só quer controlar o que gasta deve seguir o tutorial para este efeito.
Quem tem UPAC tem de descontar a produção (em períodos de 1/4 de hora) ainda que não venda o excedente. Nesse caso as instruções que estão neste tópico não são suficientes pois vão assumir um consumo maior do que o que vai ser enviado ao comercializador.
mas como é que o contador mede a produção e não o retorno à rede ?
Eu por acaso estou curioso sobre esses cálculos.
Atualmente já tenho contador que envia os dados de 15 em 15 minutos para a E-Redes.
Já estive a fazer umas simulações rudimentares e se somar os consumos de todos os períodos de 15 minutos dá um valor muito aproximado do valor também existente no portal de cliente da E-redes.
Por acaso já tentaram fazer uma análise semelhante com os dados que devem ter acesso fazendo login na E-redes?
Pode ser que para breve também passe a ter dados de injeção na rede e depois dou feedback.
Mas era bom que descontassem o valor injetado a 15 minutos do valor consumido. Isso era mesmo TOP.
Na página das leituras da E-Redes.
https://online.e-redes.pt/premises/contract/.../readings
Ao alteramos o último segmento temos acesso aos gráficos de consumo e produção quarto-horários, inclusivamente dá para exportar os dados para analizar.
https://online.e-redes.pt/premises/contract/.../consumptions
O contador para instalações que possam injetar energia (exportar) são obrigatoriamente bidirecionais. Quando fazes o registo obrigatório (MCP - Mera Comunicação Prévia), o operador troca o contador (às tuas custas, pois tens de pagá-lo). Se não vendes energia, azar o teu porque o teu excesso vai para o operador de forma gratuita. Se vendes, pela lei o operador tem de contabilizar a diferença entre consumo e produção à cada 15 minutos.
Se tu vires a imagem que mandei anteriormente, o valor declarado pela E-redes é idêntico àquele que recolho do contador. Parece-me (deixa-me repetir “parece-me”) que eles publicam os números “oficiais” e que depois fazem suas contas internamente. Entretanto, não publicam o que tu produziste.
Luís, que link é este??? Fiz o mesmo que sugeres e obtive mais informação (gráfica), mas não há como chegar no " consumptions" por qualquer link da página. Como é que lá chegaste, és colaborador da E-redes? O que mais está escondido no site que não vemos normalmente?